Estudo identifica que o vírus Zika pode atacar o intestino e causar inflamações no órgão
27 de janeiro de 2021
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Uma pesquisa inédita desenvolvida no Laboratório de Imunologia e Inflamação da Universidade de Brasília (Limi/UnB) identificou que o vírus Zika (ZIKV) pode atacar o intestino e causar modificações na microbiota intestinal, alterando a composição de bactérias que constituem o órgão. O estudo, publicado na revista Scientific Reports, também apontou o desencadeamento de intensa inflamação no local ocasionada pela doença.

Parte da equipe responsável pela pesquisa, em ordem: os pesquisadores Rafael Correa, Heloísa Braz, Kelly Magalhães, Raquel Almeida e Gabriel Pasquarelli (reprodução UnBCiências - arquivo pessoal).

A pesquisa, coordenada pela cientista Kelly Magalhães, identificou que a mudança da microbiota consequente da infecção pelo ZIKV pode causar danos no epitélio intestinal e um intenso recrutamento de leucócitos para a mucosa intestinal. A cientista ressalta ainda, a importância de uma alimentação saudável e o uso de probióticos, como uma possível forma de reverter os danos na microbiota intestinal causados pela infecção pelo ZIKV.

Os cientistas analisaram a composição da microbiota intestinal de camundongos infectados com ZIKV. Os dados mostraram que a infecção pelo vírus desencadeou a diminuição significativa de bactérias pertencentes aos filos Actinobateria – que desempenham importante papel na regulação da atividade intestinal normal – e Firmicutes – que possui tanto gêneros com atividade imunomodulatória benéfica como espécies associadas à indução de inflamação. Por outro lado, também observou-se aumento em bactérias dos filos Deferribacteres – relacionadas ao balanço de ferro no intestino – e Spirochaetes – entre as quais, muitas têm ação patogênica –, em comparação aos camundongos não infectados.

> Saiba mais sobre o estudo na matéria publicada no site UnBCiência: https://mla.bs/8c88fa49
> O artigo está disponível em: https://mla.bs/966f7a23
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