A pesquisadora Aldina Maria Prado Barral (Fiocruz-Bahia) foi agraciada com o Prêmio SBI Women in Science, da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI). A premiação ocorreu durante a abertura do Immunometabolism 2022, em 20 de setembro.
O prêmio foi entregue pela presidente da SBI, Ana Caetano Faria, que destacou as importantes contribuições da cientista no estudo imunológico da leishmaniose.
A cientista Aldina Barral foi presidente da SBI durante o biênio de 2008-2009 e, em seu discurso de agradecimento, parabenizou a SBI pelos esforços pela igualdade de gênero. Aldina também ressaltou a importância da luta pela ciência e contra os movimentos que tentam desacreditá-la.
Leia abaixo o discurso completo da pesquisadora Aldina Barral:
“Primeiramente, gostaria de agradecer à Sociedade Brasileira de Imunologia por este Prêmio Mulher na Ciência, na pessoa de nossa Presidente, Professora Ana Caetano, ela mesma premiada anterior do Mulher na Ciência.
Devemos reconhecer que a SBI faz esforços frutíferos de equilíbrio de gênero já há algum tempo e teve várias presidentes mulheres.
Marilda Gonçalves, uma cientista negra, é atualmente Diretora da Fiocruz na Bahia. Chegou a hora de expandir os esforços de igualdade para as minorias sociais, e a SBI, mais uma vez, pode atuar neste sentido.
Também é um prazer mencionar que este prêmio realmente celebra o trabalho de uma equipe com várias participantes vitais. Não citarei todas elas para manter este discurso curto. Ainda assim, não posso omitir os nomes de algumas colaboradoras como Claudia Brodskyn, ex-presidente da SBI, Camila Indiani, Valeria Borges e Viviane Boaventura.
De grande importância no momento são os graves problemas de descrédito da ciência, localmente, mas também internacionalmente. Que o descrédito da ciência ocorra concomitantemente ao notável sucesso da vacinação anti-COVID deve disparar todos os alertas. Precisamos estabelecer uma melhor comunicação com a população.
Manipular descobertas científicas por interesses obscuros é uma enorme ameaça que acaba abalando as bases do Estado Democrático de Direito.
As orientações baseadas na ciência para diversas políticas, incluindo as de saúde pública, desafiam decisões autoritárias e, portanto, a ciência é vista como inimiga. Defender a base científica das decisões é uma batalha crucial e necessária com a participação de todos os gêneros e orientações.
Depois de obter sucesso na defesa da primazia das decisões baseadas na ciência em todos os níveis, podemos estar muito perto de ser uma sociedade mais igualitária, e trabalhar como uma comunidade humana que mereça esse nome.
Obrigada novamente por este prêmio.”
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