CARTA ABERTA À POPULAÇÃO BRASILEIRA: Vacinas salvam vidas
15 de janeiro de 2024
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A Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) vem a público se posicionar em relação à enquete de opinião promovida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre a obrigatoriedade da vacinação de crianças de 6 meses a menores de 5 anos contra a Covid-19, incluída no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Endossando as notas sobre este assunto emitidas por várias sociedades médicas e científicas de nosso país (Soc. Bras. de Pediatria, Soc. Bras. de Imunizações, Soc. Bras. de Infectologia, ABRASCO, Soc. Bras. para o Progresso da Ciência, Academia de Ciências da Bahia entre outras) reiteramos que:

- A incorporação de vacinas pelo SUS é prerrogativa do Ministério da Saúde e do PNI, amparada por dispositivos legais, e se baseia em critérios técnicos e evidências científicas robustas, com o aval de médicos e cientistas membros do Comitê Assessor em Imunizações (CTAI). Não é uma questão de opinião.

-  A Covid-19 foi responsável por 5.310 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e 135 mortes entre crianças menores de 5 anos no Brasil em 2023, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que reúne dados até novembro. A incidência e a mortalidade pela doença na faixa-etária vêm aumentando desde 2022.

- Segundo os dados oficiais, não houve nenhum óbito de criança relacionado com as vacinas contra Covid-19 utilizadas no país.

A SBI também questiona os métodos não divulgados da referida enquete de opinião lançada pelo CFM, que não pode se autointitular de pesquisa, sem obedecer a critérios técnicos e éticos. Alarmada pelas denúncias de que as respostas a tal enquete estão sendo dadas sem nenhuma segurança (inclusive por pessoas outras que se fazem passar pelos médicos simplesmente usando seus CRMs e CPFs) e, sobretudo, pela convicção de que esta enquete por sua natureza não trará nenhum benefício à sociedade, mas ao contrário, pode gerar insegurança na comunidade médica e afastar a população das salas de vacinação, a SBI vem por meio desta nota repudiar tal iniciativa, unindo-se às demais entidades científicas neste sentido.

Diretoria da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)

 

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