O Immuno 2018 organizou um programa especial voltado para os estudantes de Iniciação Científica. Inspirado por uma experiência da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FESBE) e executado apenas em 2007 pelo pesquisador Marcello Barcinski, da Fundação Oswaldo Cruz, o Programa de Iniciação Científica (PIC) foi reformulado neste ano e recebeu 22 alunos de diversas instituições, que participaram de atividades específicas dentro do Congresso assistidos por tutores voluntários.
Coordenado pela pesquisadora Adriana Cesar Bonomo, da Fiocruz, o PIC recebeu inscrições dos alunos interessados em participar pelo site do Congresso. Neste ano todos os inscritos foram selecionados e receberam isenção da inscrição. Além disso, os tutores, que são voluntários, também receberam a isenção. “A ideia é fazer com que eles tenham um aproveitamento melhor do Congresso, do conteúdo das palestras, conversando com os tutores que são mais graduados do que eles”, explica Adriana Bonomo.
Atividades do PIC
Entre as atividades do programa, o PIC organizou encontros diários com pesquisadores sêniores, que contaram aos estudantes a sua trajetória científica. Conversaram com os estudantes os professores Antonio Coutinho, da Fundação Champalimaud (Portugal), Marcelo Barcinsky e a própria Adriana.
Heloisa Antonielo Bras de Melo, aluna de biotecnologia da Universidade de Brasília (UnB) e Caio Pupin Rosa, aluno de medicina da Universidade Federal do Alagoas (UFAL), foram alunos de iniciação científica que participaram do programa e ficaram muito contentes com a experiência. “Foi maravilhoso! Nós estamos saindo da graduação e precisamos escolher. Muitas pessoas apoiam seguir a carreira acadêmica e muitas não. É um conflito, dá medo. Aqui no PIC as pessoas mostraram que vamos ter apoio, que gente pode conseguir, acendeu novamente a vontade continuar em prol da Imunologia”, conta Heloisa.
Caio reforça que a possibilidade de contar com os tutores para esclarecer os conteúdos das palestras o ajudou a aproveitar melhor o evento e destaca os encontros com os pesquisadores. “Nós ficamos abertos a pensar em outras possibilidades, outros caminhos para chegar em nossos experimentos”, avalia o estudante.
Thais Fraga, pós-doutoranda e professora-substituta da Unesp, participou do PIC como tutora e viu o programa como uma oportunidade de se aproximar da área da educação. “O pós-doc é muito cobrado para a parte da pesquisa e não muito incentivado para a educação. Temos que lembrar que quem escolhe esta carreira não será apenas pesquisador, também é docente”, avalia Thais.
Para o próximo ano, em Florianópolis, o programa pretende alojar todos os participantes no mesmo local para intensificar a troca de ideias e a discussão de projetos entre os alunos. As inscrições para participar do programa, tanto como aluno ou tutor, serão divulgadas nos próximos meses. Fique atento!
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