Mas, afinal, o que é a imunidade de grupo?
30 de abril de 2021
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Autora: Samantha M. Freitas, aluna de Iniciação Científica (UNIFESP)

Editora: Karina Bortoluci (UNIFESP)

Afinal, o que é essa tão discutida imunidade coletiva/ de grupo? A gente pode simplificar o conceito ao dizer que é quando a porcentagem de pessoas imunes é maior do que a porcentagem de pessoas que estão suscetíveis a alguma doença.

Mas calma aí que isso não é tudo! Para saber se uma população atingiu a imunidade de rebanho, é preciso levar em consideração a quantidade total de pessoas, além de fatores como a taxa de transmissão do patógeno e densidade populacional. Essa noção é de vital importância para o planejamento e sucesso da imunização. Contudo, é necessário também extremo cuidado! Doenças como sarampo e poliomielite quase sumiram completamente “do mapa”, porém falhas na cobertura vacinal e entre outros descuidos, fizeram com que essas doenças voltassem a ser uma preocupação importantíssima.

“Não seria mais fácil deixar a doença seguir seu curso até que todas as pessoas estejam imunizadas?” Não! Temos que lembrar que a COVID-19 é uma doença muito nova, que nunca foi vista pela humanidade. Além da perda de milhares de vidas, isso não necessariamente vai trazer nossas vidas normais de volta mais rapidamente, pois quanto mais vezes o vírus se multiplica, maior o número de mutações genéticas que podem acarretar a uma maior resistência ao sistema imunológico humano.

Além disso, mesmo com a utilização de diversos modelos matemáticos e o esforço coletivo de diversos cientistas, não há um número exato para a imunidade de rebanho. E não é porque os números estão errados não viu? Por se tratar de uma doença completamente nova, é possível chegar a inúmeros resultados. Dessa forma, precisamos nos proteger, evitando o contágio e transmissão da melhor maneira possível, para que vidas sejam poupadas.

Por isso, devemos pensar na imunização contra o coronavírus como um novo “quadradinho” nas nossas carteiras de vacinação, fazendo parte das gerações atuais e das futuras também. A vacinação deve ser vista como uma política que irá salvar incontáveis vidas!

 

*O artigo foi publicado originalmente no site "Bortoluci Lab", neste link.

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