HISTÓRICO
A IMUNOLOGIA BRASILEIRA: UMA DISCIPLINA CONSOLIDADA E NA LIDERANÇA DA ÁREA BIOMÉDICA.
Graças aos trabalhos de Rumjanek e Leta (1996) e de Santos e Rumjanek (2001), é possível acompanhar o crescimento e o perfil da imunologia brasileira, a partir de 1981. O primeiro estudo mostrou que a produção da imunologia brasileira, apesar de comparativamente pequena no período, era de alta qualidade. A imunologia contribuía com 12,4% de todos os cientistas brasileiros mais citados, em todas as áreas. O estudo de 2001 mostrou, além disso, um salto quantitativo da produção, que passou de 42 artigos/ano (1985-1990), para 111 artigos/ano (1991-1995), crescendo 17% ao ano, desde 1991. Das 13 subáreas biomédicas analisadas no Brasil, somente três – a Imunologia, a Imunologia Clínica e Doenças Infecciosas, e as Neurociências – apresentaram crescimento acentuado da produção no período recente. Se em 1990, a Imunologia correspondia a 5% da produção total da área biomédica, em 1995, este valor já passava para 9%.
Enquanto o Brasil ocupa hoje o 17° lugar na produção científica mundial, um estudo do MCT mostrou que a produção da Imunologia brasileira ocupa o 11 ° lugar na pesquisa mundial em imunologia. O reconhecimento nacional deste avanço é comprovado pelo resultado do Edital dos Institutos do Milênio, implementado em 2002. Três dos Institutos do Milênio contemplados são coordenados por sócios e/ou ex-presidentes da Sociedade Brasileira de Imunologia: os Drs. Jorge Kalil, Célio Lopes Silva, e Ricardo Ribeiro dos Santos. Como nas demais áreas biomédicas, a produção está concentrada (85%) nos estados de SP, RJ, MG e BA. A pesquisa em imunologia também está concentrada em algumas áreas temáticas. Mas, ao contrário da distribuição geográfica, os temas mais pesquisados sofreram alterações significativas recentemente.
TEMAS | NÚMERO DE ARTIGOS PERÍODO 81-86 |
NÚMERO DE ARTIGOS PERÍODO 91-95 |
Imunologia básica | 42 | 93 |
Infecções | 109 | 277 |
munovirologia/retroviroses | 11 | 108 |
Transplantes | 07 | 73 |
Imunogenética | 00 | 14 |
(dados da tese de Doutorado de Neusa Fernandes dos Santos. Depto. de Bioquímica Médica. ICB-UFRJ)
Como mostrado na tabela acima, além das áreas tradicionais de produção da imunologia brasileira (Imunologia Básica, T. cruzi e Leishmania ), as áreas de Imunovirologia e de Imunologia de Transplantes tornaram-se áreas majoritárias, apresentando um crescimento recente de 10 vezes na produção.
A qualidade da produção científica em imunologia permanece alta. Até 1995, 52,5% dos trabalhos de imunologia foram publicados em revistas de alto índice de impacto (7.29-2.94); 34,5% em revistas médias (2.94-1.11); e apenas 12,8% em revistas de baixo índice de impacto (1.11-0.00). A tabela abaixo ilustra o crescimento recente da imunologia brasileira em algumas das mais importantes revistas internacionais de imunologia. Revistas multidisciplinares não foram analisadas.
NÚMERO DE ARTIGOS PUBLICADOS NO: | 1981-86 | 1986-90 | 1991-95 |
J. Immunol. (ii: 7.29) | 18 | 15 | 37 |
AIDS (ii: 5.98) | 0 | 03 | 14 |
Infect Immun (ii: 3.92) | 21 | 27 | 48 |
J. Acq. Imm Def (ii: 3.51) | 0 | 0 | 59 |
Vaccine (ii: 2.32) | 0 | 05 | 13 |
(dados de Neusa F. dos Santos)
REFERÊNCIAS
Rumjanek VM, and Leta J. 1996. An evaluation of immunology in Brazil. Braz. J. Med. Biol. Res. 29; 923-931.
Santos NF, and Rumjanek VM. 2001. Brazilian immunology: 100 years later. Scientometrics 50; 405-418.
A SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNOLOGIA
A SBI está sediada junto à FESBE, no ICB III da USP, S. Paulo. A SBI possui atualmente 577 sócios ativos, e mais de 1500 correspondentes eletrônicos. A SBI congrega todos os imunologistas ativos, incluindo todos os pesquisadores bolsistas de produtividade do CNPq. Desde a sua fundação há 30 anos, a SBI participa através de múltiplas atividades, como instrumento para o crescimento da Imunologia no Brasil. Através de suas regionais, a SBI divulga e fomenta a imunologia em áreas onde a pesquisa é menos desenvolvida.
Através de seus informativos eletrônicos e do seu boletim “on line”, o “SBI na Rede”, a SBI se constitui num forum permanente de informação e debate. Os seus congressos anuais reúnem sócios e interessados não associados em torno de pesquisadores convidados, do Brasil e do exterior. Durante o congresso, pesquisas inéditas são apresentadas e discutidas, além da formação de um importante forum de debates, e de um balcão acadêmico de colaborações no país e no exterior. As diretorias da SBI atuam na pesquisa, no ensino e na divulgação da imunologia no Brasil, promovendo palestras, simpósios e participando de eventos.
A SBI participa ativamente da FESBE, organizando simpósios dentro de suas reuniões anuais. Provavelmente, a maior realização da SBI tenha sido a recente conquista da sede do Congresso Internacional de Imunologia de 2007 (ICI-2007), para o Rio de Janeiro (ver link para apresentação online do Rio de Janeiro como sede em: https://www.sbi.org.br. Apresentação organizada pela empresa Congrex do Brasil), em consequência da atuação do seu ex-presidente, o Dr. Rodrigo Correa de Oliveira. Por decisão em assembléia geral, o congresso de 2007 será organizado pelo Dr. Jorge Kalil. Por suas dimensões, este evento trará um avanço sem precedentes para a imunologia brasileira e áreas correlatas.
COMEMORAÇÃO DOS 30 ANOS DA SBI
O XXVIII Congresso Brasileiro de Imunologia foi realizado de 05-08 de outubro de 2003, e homenageou os 30 anos de existência da SBI. A primeira reunião da sociedade ocorreu em dezembro de 1973, na sede da Academia Brasileira de Ciências, no centro do Rio de Janeiro. A sua primeira diretoria era composta por: Otto Bier (falecido), Humberto Rangel, Antônio Oliveira Lima (falecido), Ivan Motta, Wilmar Dias da Silva, Nelson Monteiro Vaz, Benedito de Oliveira, e Maria Siqueira. A SBI decidiu homenagear a sua primeira diretoria, na pessoa de alguns membros, e nomear a Dra. Vivian Rumjanek para organizar a homenagem. Na ocasião, a Dra. Rumjanek apresentau um retrato atual da imunologia no Brasil, o que permitiu avaliar a nossa estratégia de crescimento para o futuro imediato.
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